Com a proximidade das comemorações da Páscoa, no período de 07 a 21 de abril de 2014, acontece na Praça de Eventos do Shopping Metrópole (Praça Samuel Sabatini, 200, São Bernardo do Campo, São Paulo, fone: 4003.7370), a Mostra Cultural “A Arte Milenar Ucraniana”, exposição oficial do Consulado Honorário da Ucrânia em São Paulo e da Sociedade Ucraniano Brasileira "Unificação” com a curadoria do jornalista e produtor cultural Maurício Coutinho, onde são apresentados os mais significativos itens da cultura ucraniana, incluindo as famosas “pêssankas”, ovos pintados de forma colorida com uma linguagem própria de símbolos e sinais de prosperidade, saúde e paz.
Com a proximidade das comemorações da Páscoa, no período de 07 a 21 de abril de 2014, acontece na Praça de Eventos do Shopping Metrópole (Praça Samuel Sabatini, 200, São Bernardo do Campo, São Paulo, fone: 4003.7370), a Mostra Cultural “A Arte Milenar Ucraniana”, exposição oficial do Consulado Honorário da Ucrânia em São Paulo e da Sociedade Ucraniano Brasileira "Unificação” com a curadoria do jornalista e produtor cultural Maurício Coutinho, onde são apresentados os mais significativos itens da cultura ucraniana, incluindo as famosas “pêssankas”, ovos pintados de forma colorida com uma linguagem própria de símbolos e sinais de prosperidade, saúde e paz.
Com a proximidade das comemorações da Páscoa, no período de 07 a 21 de abril de 2014, acontece na Praça de Eventos do Shopping Metrópole (Praça Samuel Sabatini, 200, São Bernardo do Campo, São Paulo, fone: 4003.7370), a Mostra Cultural “A Arte Milenar Ucraniana”, exposição oficial do Consulado Honorário da Ucrânia em São Paulo e da Sociedade Ucraniano Brasileira "Unificação” com a curadoria do jornalista e produtor cultural Maurício Coutinho, onde são apresentados os mais significativos itens da cultura ucraniana, incluindo as famosas “pêssankas”, ovos pintados de forma colorida com uma linguagem própria de símbolos e sinais de prosperidade, saúde e paz.
“Em painéis e vitrines especiais, afirma o curador Maurício Coutinho, temos um pequeno resumo da importância da Ucrânia e sua arte milenar, enfocando desde a pintura das Pêssankas, até a dança, a música e as artes de modo em geral, bem como aspectos geográficos, econômicos e sociais da própria Ucrânia, através dos trabalhos de artistas das colônias ucranianas do Sul do Brasil, destacando-se dentre eles, dois dos mais consagrados como Vilson José Kotviski, localizado na cidade de Porto União, em Santa Catarina e Eloir Jr., de Curitiba, Paraná”, conclui.
Segundo Jorge Ribka, Cônsul Honorário da Ucrânia em São Paulo, a cultura ucraniana sempre foi conhecida pelo artesanato, que inclui a decoração de ovos - as famosas pêssankas - bordados – toalhas, chamadas de Rushneks – camisas, roupas, xilogravuras e pinturas de bonecas, criando um estilo próprio e único em suas danças e cultura em geral.
A Ucrânia é o segundo país da Europa, com quase 47 milhões de habitantes. A nação ucraniana resistiu por séculos, a todas as tentativas de absorção e assimilação de outras culturas, continuando a manter, através dos confins que a dividem, a unidade da língua, cultura e de espírito: que sempre defendeu com sacrifícios de homens e bens, o ideal pátrio, em todo e no mais longínquo ponto de seu território étnico.
As “Pêssankas”
Na história do povo ucraniano sempre esteve presente uma tradição de colorir ovos na época em que o Sol voltava triunfante, eliminando a neve que cobria a rica terra negra da Ucrânia. Em escavações arqueológicas, foram encontrados indícios desta arte a mais de 3.000 anos antes de Cristo, sendo que naquela época, eram utilizadas ferramentas muito rústicas para se confeccionar uma pêssanka.
A explicação para o interesse do ser humano antigo pelo ovo, está no fato do mesmo possuir uma magia incrível, pois de uma forma simples e rude, surgiria a vida. Com o passar dos anos, as ferramentas gradativamente evoluíram e com elas o homem conseguiu melhorar suas condições materiais e também os resultados da suas pinturas em ovos, surgindo melhores definições daquilo que desejava expressar.
Os ucranianos, em paridade com todos os povos antigos, veneravam a natureza e os regentes dos elementos. Assim como outros povos antigos veneravam o Sol com Apolo e seu carro puxado por leões, os ucranianos reconheciam no mesmo astro, o Dajbóh, e à ele ofereciam homenagens, pois novamente traria luz e calor para a Terra. O verde substituiria o branco da neve, as flores voltariam a desabrochar, as árvores ofereceriam seus frutos novamente e o povo poderia trabalhar a terra para obter seu sustento.
A festa da Primavera era um evento alegre, era acendida uma grande fogueira no meio da aldeia e todos comemoravam a chegada de Dajbóh, no exato momento do Solstício de Primavera. Desde o início deste dia o povo estava em festa. Oferecia seus presentes ao regente Dajbóh e entre os mesmos estavam as pêssankas. Nelas estavam gravados os raios de luz que seriam oferecidos à terra, a partir desta importante data do povo antigo.
Também nesta festa eram oferecidas pêssankas aos entes da natureza, fazendo seus agradecimentos pelas colheitas e também firmando seus pedidos para que a terra continuasse produzindo aquilo que necessitavam para viver. Estas pêssankas eram enterradas no campo, nas lavouras, pois deveriam ser presentes aos amados entes da natureza. Neste tempo anterior ao cristianismo, o povo tinha suas crenças voltadas para aquilo que via e sentia.
Era uma época em que mais do que nunca, o ucraniano estava ligado à natureza, sua fonte de vida e energia. Em 988, através do Príncipe Volodymir, a Ucrânia é batizada nas margens do Rio Dnipró, passando a adotar o cristianismo como religião oficial. O povo absorveu essa mudança, mas não aceitou abandonar seus antigos rituais, como as Festas da Primavera.
A solução encontrada pelo clero foi a adaptação deste antigos costumes, como símbolos cristãos, ou seja, permitiam e até apoiavam o povo à manter essas tradições consideradas pagãs, mas lhes incutiam um simbolismo correlato ao cristianismo. A antiga e tradicional Festa da Primavera, transformou-se na Páscoa cristã, por se tratar da mesma época. O povo continuava com os antigos festejos, mas mudava-se gradativamente o sentido da ocasião festiva. As pêssankas, continuaram existindo, o povo não deixou o costume de colorir ovos para expressar seus sentimentos, mas o clero religioso fez com que se abandonassem as crenças nos entes da natureza, deviam ser extintos os costumes tidos como pagãos.
As pessoas passaram então a fazer pêssankas para dar aos parentes e amigos respeitados, na época da Páscoa, para demonstrar tudo aquilo que desejavam para seus entes queridos. As pequenas obras de arte também passaram a aparecer em datas importantes, como casamentos e nascimentos, como materialização das boas intenções que se queria expressar.
Na conturbada história da Ucrânia, o povo passou por muitos períodos de instabilidade social, tendo muitas vezes a miséria e a opressão imperando sobre seus lares. Domínios russos, poloneses, austríacos, húngaros, duas guerras mundiais, o comunismo ... e as pêssankas continuam acompanhando a vida desta gente, que veio para o Brasil em busca de um futuro melhor para seus filhos, trazendo na bagagem uma cultura milenar, que hoje respira a liberdade. A Ucrânia, em 1991 finalmente adquiriu sua independência, exigida pela população que saiu às ruas e hoje, além da seu valor cultural, simbólico e artístico, as pêssankas passaram a ser um símbolo de longevidade para uma Ucrânia livre e independente.
Curriculum resumido do artista plástico Eloir Jr
Nascido em Curitiba-PR., Eloir Jr. é artista plástico pós-graduado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e graduado pela Universidade Tuiuti do Paraná, expõe profissionalmente seus trabalhos artísticos em mostras individuais, coletivas, e salões de arte desde 1997, obtendo nove premiações durante este período e suas obras estão em coleções de acervos nacionais, internacionais, livros de arte e cultura e nas edições da Casa Cor Paraná. Em 2010 representou o Estado do Paraná na cidade francesa de Vaire-Sur-Marne.
Há 19 anos é estudioso das etnias européias que imigraram e colonizaram a terra Paranaense, região sul do Brasil, com enfoque principal na cultura eslava da Polônia e Ucrânia, onde não só expressa a pintura sobre a tela, como também o artesanato cultural destes países. Seu trabalho é alegre, colorido e resgata as nossas memórias culturais trazidas pelos diversos povos. Inspirando-se nos folclores polonês, ucraniano, português, italiano entre outros, o artista consegue demonstrar a convivência harmoniosa das etnias que fazem parte de sua terra natal, a terra de todas as gentes.
Em seu percurso artístico se identificou com a linguagem Naife, que traduz a pura expressão ingênua da cultura, hábitos e costumes em harmonia com ícones paranistas, como gralha azul, araucárias e pinhões.
Ovo Fabergé - O Artista dos Imperadores
Os ovos Fabergé são obras-primas da joalharia produzidas por Peter Carl Fabergé no período de 1885 a 1917 para os czares da Rússia.
Elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas encomendados e oferecidos na Páscoa para a família imperial.
Disputados por colecionadores em todo o mundo, os famosos ovos de Páscoa criados pelo joalheiro russo Fabergé são admirados pela perfeição e considerados expoentes da
arte joalheira mundial.
Fabergé e seus ourives desenharam e construíram o primeiro ovo no ano de 1885.
O primeiro ovo Fabergé foi encomendado pelo Czar Alexandre III como presente de Páscoa para sua esposa, Maria Feodorovna.
Externamente era um ovo de ouro esmaltado e dentro havia uma gema de ouro, que dentro possuía uma galinha com um pingente de rubi e a réplica em diamante da coroa imperial.
A imperatriz Maria ficou tão impressionada com o presente, que Alexandre nomeou Fabergé como o “Fornecedor da Corte” e encomendou um ovo por ano, sob a determinação de que fosse único e contivesse uma surpresa. Seu filho, Nicolau II, deu sequência e presenteava sua esposa, Alexandra Feodorovna.
Cinqüenta ovos imperiais foram produzidos para os czares Alexandre III e Nicolau II, sendo que outras dessas jóias também foram encomendadas pela nobreza.
O tema era escolhido e uma equipe de artesãos - Michael Perkhin, Henrik Wigström e Erik Kollin - começava a trabalhar no projeto final.
Os materiais utilizados por Fabergé incluíam os metais prata, ouro, cobre, níquel, paládio e platina que eram combinados em proporções variadas para produzirem diversas cores.
Utilizava a técnica de esmaltagem “plique-à-jour”, assim como pedras preciosas: rubi, quartzo, diamante,
jade e ágata.
Maurício Coutinho / jornalista / produtor cultural
99803.9796 / mauricioimprensa@yahoo.com.br
Nextel: 7000.3953 - ID: 112*16141
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